O Programa Obesidade Zero do Governo do Estado, executado pela gestão do Hospital Jean Bitar, em Belém, tem se consolidado, desde 2020, como uma solução eficaz para a perda de peso significativa em pacientes com obesidade mórbida. No entanto, após a perda massiva de peso, muitos pacientes enfrentam um novo desafio: o excesso de pele e tecidos flácidos, que podem causar desconforto físico e emocional, além de problemas de saúde como infecções e dificuldades de mobilidade.
Para resolver essas questões, a cirurgia plástica reparadora surge como opção vital, permitindo que os pacientes alcancem um contorno corporal mais harmonioso e melhorem sua qualidade de vida e recuperação da autoestima.
O HJB é referência na realização de cirurgias em pacientes com obesidade no Pará. A iniciativa, ofertada na rede estadual de saúde, garante o acesso gratuito à cirurgia bariátrica e também as cirurgias plásticas reparadoras.
Segundo o cirurgião plástico do HJB, o médico André Melo, os critérios para a realização da cirurgia plástica reparadora em pacientes pós-bariátricos são vários. "É necessário que paciente tenha atingido a meta de peso proposta no início do tratamento. Na faixa de um ano após a cirurgia bariátrica, o usuário já poderá fazer a sua plástica reparadora. Mas, também existem aqueles que não atingem a meta de peso, e nesses casos, reforçamos a importância da adesão ao tratamento, até atingir a meta prevista", frisou o especialista.
A cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica envolve uma série de procedimentos destinados a remover o excesso de pele e a contornar áreas do corpo que foram significativamente afetadas pela perda de peso.
Na unidade hospitalar, o Sistema Único de Saúde (SUS) libera quatro procedimentos de cirurgia plástica reparadora para paciente pós-bariátrico, que são: abdominoplastia, lifting de braços, lifting de coxas e mastopexia (lifting de mamas).
O especialista diz que os procedimentos mais comuns realizados, são abdominoplastia e lifting de mamas “Nem todo mundo mexe nas quatro áreas do corpo, onde deixamos o paciente livre para escolher qual seria a sequência e onde está lhe incomodando mais”, concluiu.
A Lane Moraes, 29 anos, cabeleireira, da cidade Ananindeua, fez a bariátrica há dois anos e meio. Ela, que antes pesava 140 kg, se declara satisfeita com o seu peso atual de 73 kg e já está realizando as cirurgias plásticas reparadoras. “Depois de um ano e quatro meses da minha bariátrica, pude fazer a plástica reparadora. O excesso de pele me incomodava, então já concluiu a barriga, com a realização da abdominoplastia, e agora estou realizando os exames para fazer as mamas”, explicou.
Além dos benefícios estéticos, essas cirurgias têm um impacto significativo na autoestima e na saúde mental dos pacientes, promovendo uma sensação de bem-estar e completude no processo de transformação corporal iniciado com a cirurgia bariátrica.
A paciente conta como tem sido chegar até aqui. “A minha autoestima melhorou bastante. Antes, eu não tinha vontade de se quer fazer a academia, e hoje já faço. Hoje, uso as roupas que sempre quis como, por exemplo, decotes,” revelou.
De janeiro até maio deste ano, a equipe multiprofissional já realizou 67 cirurgias plásticas reparadoras em pacientes pós-bariátricos do Programa Obesidade Zero.
O Hospital Jean Bitar (HJB) pertence à rede de saúde pública do governo do Pará, e tem gestão do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de saúde Pública (Sespa).
A unidade presta assistência em média e alta complexidade na área ambulatorial e hospitalar a usuários transgêneros, e em clínica médica e cirúrgica para doenças metabólicas e gastrointestinais.
O HJB fica na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, nº 543, no bairro Umarizal, em Belém. Mais informações: (91) 3239.3800.
Texto: Marcelo Zeno (Ascom HJB)
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